Pesquisar este blog

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Despedidas do projeto de Cáritas Werkstätten


No início do mês de maio houve algumas atividades para consolidar a despedida de nosso voluntariado em Cáritas Werkstat na cidade Cochem. Os seis meses que passei nesta instituição de trabalho beneficente foi de extrema importância para a minha vida profissional e sobre tudo pessoal.

Aqui aprendi a ser mais humana, a conviver com as diferenças, e quantas diferenças eu aprendi a vencer! No primeiro momento tive dó, mas depois eu pensei, pra quê? Se eles se amam como realmente são. Suas necessidades são mais que especiais. Venci barreiras como o preconceito que tinha dentro de mim mesma, então me lembrou de uma frase que ouvi de Sandrinha Lemos: “O preconceito todos nós temos, ou você demonstra ou esconde”.

Pois é, mais de meio ano tão rapidamente se passaram e agora já nem estou mais trabalhando lá. Tendo que me despertar com escuro, fazer o café apressado para não perder a carona. Nos dias invernosos que tive que sair de casa com 18 graus negativos, eu me aquecia com o abraço carinhoso de cada um desde da entrada da Cáritas até à nossa querida Waldhaus (Casa da Floresta, onde compartilhamos boas experiências).


Então vamos falar um pouco a respeito das festividades realizadas na minha despedida. Após minha recuperação de uma inesperada cirurgia, que me afastou do meu projeto por cerca de mais de duas semanas, retornei somente para compartilhar os dois últimos dias que me restavam e dizer “Tschüsss”.

Dia 07 de maio foi preparada uma enorme festa de despedidas, e com isso houve a culminância de nosso projeto de Bordados Ponto Cruz  em alemão: “Kreuzstich”. Esse projeto foi inspirado no trabalho realizado por Irmã Josefa na cidade de Buriti dos Lopes-PI, onde aprendi a bordar e trabalhar com Ponto Cruz durante anos no artesanato Dom Bosco, centro este que ajuda até os dias de hoje inúmeras crianças carentes de nossa cidade.








No começo não foi muito fácil desenvolver tais habilidades com os nossos trabalhadores especiais, pois eles tinham medo de pegar na agulha, enfiar linha e até mesmo segurar o tecido. Acompanhava com muita paciência cada passo deles, cada avanço. Para surpresa de todos começamos a formar uma equipe de seis pessoas e treinavam cerca de duas horas por dias com muita dedicação.





















É realmente lamentável, mas a realidade é que neste mesmo mês começamos uma nova etapa do FSJ- Freiwilligen Soziales Jahr (Ano de Voluntariado Social). Dessa maneira, vamos conviver com outro projeto, novas aventuras, novas pessoas a conhecer e compartir alegrias e superar as dificuldades nos impostas.


Até mais!
Ivonete Barros de Sousa